segunda-feira, 28 de abril de 2008

Interpretação da Música de Chico Buarque: “Funeral de um Lavrador”

Funeral de um Lavrador

Chico Buarque

Composição: João Cabral de Melo Neto


Esta cova em que estás com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho nem largo nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estás mais ancho que estavas no mundo
É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo te sentirás largo
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca.

Interpretação

“Esta cova em que estás com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho nem largo nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio...”
Neste trecho pelo que observei, o compositor quis dizer que a cova do lavrador era de bom tamanho, porque antes com vida, nem um pedaço desta ele detinha. Agora que ele está ali morto, conseguiu realizar o seu sonho, ter um pequeno pedaço de terra.
“...Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estás mais ancho que estavas no mundo...”
Neste trecho eu entendi que até que enfim a terra que o lavrador queria ver dividida realmente o foi, pois ele foi enterrado nas terras que sempre sonhou em ter. Na hora que o compositor diz: “...é uma cova grande para teu pouco defunto...” ele quis dizer que aquela pequena cova estava de bom tamanho, porque antes com vida nem uma pequena cova ele tinha, e além disso, depois de morto, ele estava mais ancho – largo - sem preocupação de obter as terras que tanto sonhara.
“...É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo te sentirás largo”...
Eu entendi que a cova em que ele fora enterrado era grande para quem era frugal. Só que ele se sentia mais largo do que no mundo, porque mesmo a cova sendo pequena, para ele estava de bom tamanho, pois antes, com vida, sempre lutou para conseguir um pequeno pedaço de terra.
“...É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca....”
Neste trecho, eu entendi, que a cova era grande para tua carne pouca, porque ele não era nada, era apenas um camponês que nada tinha, e na hora que fala “mas a terra dada não se abre a boca....” porque agora mesmo morto, ele conseguiu o que tanto sonhou, um pedaço de terra.

Aluna: Deise 8ª série B
Profº Rafael

5 comentários:

Anônimo disse...

Bela interpretação em Deise... você vai longe continue assim!!! Beijos!Juliana

Anônimo disse...

Parabéns esse é o caminho Deise continue estudando e vc terá um grande futuro!!! Um grande abraço Guilherme

Anônimo disse...

pelo jeito você não captou a crítica social do texto

Unknown disse...

Parabens

Anônimo disse...

A letra fala da luta que o Brasil enfrenta, há tantos anos, pela Reforma Agrária.
E só quando o agricultor consegue seu "pedaço de terra".