Chico Buarque
Composição: João Cabral de Melo Neto
Esta cova em que estás com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho nem largo nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estás mais ancho que estavas no mundo
É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo te sentirás largo
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca.
Interpretação
“Esta cova em que estás com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho nem largo nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio...”
Neste trecho pelo que observei, o compositor quis dizer que a cova do lavrador era de bom tamanho, porque antes com vida, nem um pedaço desta ele detinha. Agora que ele está ali morto, conseguiu realizar o seu sonho, ter um pequeno pedaço de terra.
“...Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estás mais ancho que estavas no mundo...”
Neste trecho eu entendi que até que enfim a terra que o lavrador queria ver dividida realmente o foi, pois ele foi enterrado nas terras que sempre sonhou
“...É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo te sentirás largo”...
Eu entendi que a cova em que ele fora enterrado era grande para quem era frugal. Só que ele se sentia mais largo do que no mundo, porque mesmo a cova sendo pequena, para ele estava de bom tamanho, pois antes, com vida, sempre lutou para conseguir um pequeno pedaço de terra.
“...É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca....”
Neste trecho, eu entendi, que a cova era grande para tua carne pouca, porque ele não era nada, era apenas um camponês que nada tinha, e na hora que fala “mas a terra dada não se abre a boca....” porque agora mesmo morto, ele conseguiu o que tanto sonhou, um pedaço de terra.
Aluna: Deise 8ª série B
Profº Rafael
5 comentários:
Bela interpretação em Deise... você vai longe continue assim!!! Beijos!Juliana
Parabéns esse é o caminho Deise continue estudando e vc terá um grande futuro!!! Um grande abraço Guilherme
pelo jeito você não captou a crítica social do texto
Parabens
A letra fala da luta que o Brasil enfrenta, há tantos anos, pela Reforma Agrária.
E só quando o agricultor consegue seu "pedaço de terra".
Postar um comentário